sexta-feira, 14 de maio de 2010

Talentos da Geração Y

Estima-se que hoje existem mais de 100 mil vagas em aberto no mercado de TI brasileiro. Não à toa, os bons profissionais que atuam no setor recebem salários e benefícios cada vez maiores e são disputados por diversos empregadores. Para os CIOs, essa guerra por talentos cria um desafio de contratar, preparar e reter pessoas. Por outro lado, exige uma competência ainda pouco explorada: lidar com jovens profissionais, representados pela Geração Y (pessoas nascidas entre 1980 e 2000).

Essa juventude que começa agora a ocupar um espaço no mercado de trabalho é facilmente reconhecida pelo uso intensivo de novas tecnologias e pela conectividade. E, de acordo com um estudo realizado pelo Great Place to Work – consultoria que atua na gestão do ambiente de trabalho – da Inglaterra, vai estimular mudanças profundas na gestão de pessoas, o que desafiará não só os CIOs, mas as organizações como um todo.

O documento do Great Place to Work, intitulado “Motivating Generation Y” (Motivando a Geração Y), aponta que as organizações e os gestores precisam repensar os modelos tradicionais de contratar, desenvolver e reter profissionais se quiserem absorver esses jovens talentos.

“A Geração Y é mais suscetível a ações coletivas, demonstra tenacidade e até heroísmo”, relata o relatório, que acrescenta: “Os membros dessa geração tendem a ser bons em multitarefas, ter facilidade para lidar com tecnologia, mas não são adequados para lidar com pessoas difíceis no trabalho. Além disso, tendem a deixar o trabalho às 17 horas e todos ficam muito felizes ao dizer para o empregador que têm uma vida pessoal.”

Com o intuito de ajudar as empresas a lidar melhor com esses jovens talentos, o Great Place to Work fez um estudo entre as 50 organizações que apareceram na lista das “Melhores Empresas para Trabalhar”, com o intuito de detectar quais as alternativas para lidar com a Geração Y. Acompanhe a seguir, alguns dos tópicos citados no levantamento:

Motivação


O salário importa, mas o dinheiro sozinho representa um fator de motivação pouco eficiente para estimular os profissionais da Geração Y. Nas empresas consideradas lugares excelentes para os jovens talentos, existe uma série de iniciativas conjugadas: um amplo leque de experiências para os profissionais; possibilidade de assumir logo cedo posições internacionais; oportunidades de aprendizado e de desenvolvimento; e um excelente equilíbrio entre vida profissional e pessoal.


Acima de tudo, como as pessoas da Geração Y tendem a ser mais sociáveis, as organizações precisam entender que esses jovens gostam de trabalhar em empresas engajadas com questões sociais. Mais do que isso, precisam ter flexibilidade de tempo para realizar atividades nas quais estejam contribuindo com a sociedade.

Um dos exemplos, cita o Great Place to Work, é o do banco de investimentos Goldman Sachs, que está na lista das dez empresas preferidas para trabalhar por recém-formados nas universidades da Inglaterra. O grupo conta com programas, como o ’10,000 Women’, o qual dá a oportunidade para que seus profissionais estejam envolvidos em iniciativas de mentoring (aconselhamento) para que jovens mulheres empreendedoras desenvolvam seus próprios negócios.

Recrutamento


Nada de envio de currículos por meio de um anúncio de jornal. As empresas que quiserem contratar os profissionais da Geração Y precisam estar preparadas para utilizar caminhos alternativos, especialmente, a partir de redes sociais.

Mais do que isso, na hora de oferecer a vaga, os contratantes devem estar preocupados em oferecer valores e diferenciais para potenciais empregados e, principalmente, precisam mostrar que são uma companhia de vanguarda.

A consultoria KPMG, por exemplo, utiliza o Second Life para recriar seu ambiente de trabalho, com o intuito de atrair potenciais talentos. Já a fabricante de equipamentos de TI e telecom Cisco oferece a possibilidade de potenciais empregados enviarem seus vídeos de apresentação pelo You Tube.

Gestão e desenvolvimento

O último – e possivelmente o mais desafiador – tópico do estudo do Great Place to Work diz respeito a como os líderes lidam e desenvolvem os talentos da Geração Y. A questão crucial citada no levantamento é que esses jovens demandam um líder que consiga inspirá-los. Além disso, eles demandam uma comunicação clara; querem entender quais os objetivos da empresa e como eles se encaixam nele; bem como dão preferência para ambientes de trabalho no qual possam conciliar seus diversos interesses pessoais e profissionais.

De olho na Geração Y, a rede de fast food McDonald’s na Inglaterra oferece um sistema de trabalho flexível em seus restaurantes. Para isso, criou um grupo de familiares e amigos dos funcionários, que podem substituí-lo sempre que necessário, sem a necessidade de permissão do supervisor.

Fonte: CIO - UOL

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É muito legal ver que as empresas estão preocupadas conosco, a geração Y. Nós queremos muito mais, principalmente da nossa carreira e esta "mudança de atitude" das empresas vem de encontro justamente com isso. Acho muito interessante que aos poucos as empresas estão mudando até sua forma de selecionar, acho muito melhor, a seleção através de redes sociais/blogs, pois elas dizem muito mais sobre o profissional do que uma entrevista, afinal, podemos mostrar quem somos, o que pensamos, nos valores, no que acreditamos. Tomara que a "revolução Y" continue crescendo!

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